29 setembro 2008

suspiro de arantes

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pele indiana, Londres nos olhos
receitas de gengibre e cardamomo
fios grisalhos, presos ou soltos, o verbo é nobre
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relata por prazer, por crença, por verdade
rotina de fé, vivência, criação
Galileu e Le Monde
a chegada na fronteira oposta do limite
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trança sete leis sagradas com maestria
domina além disso eu sei - e com voz suave
conta-nos porque aquela não está na ciranda
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faz graça da devoção
faz sons que traz meu avô
faz de conta que você já viu
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e
respira
e
respira
e
nunca
e
único
e
limpo
e
ecoa
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ecoa
*
eco
*
e
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minha homenagem a Arantes, que tive o privilégio de conhecer em dias abençoados
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A natureza às vezes se excede. E reúne, num só homem, uma quantidade de talento capaz de suprir um século inteiro.(...)
A obra científica do poeta Goethe, de José Tadeu Arantes

publicado em Galileu nº 100
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imagem: Colour Study Squares, de Kandinsky
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4 comentários:

erica disse...

Ah, Nina, o Tato tem razão. Você é uma artista.

nina disse...

ai É... vindo de você, fico até emocionada.
isso para mim, é mais do que um elogio.
obrigada, obrigada mesmo
bj
ni

Laura disse...

OI, Nina... eu ando sumida de blogs... esperava encontrar vc no lançamento do livro da Fal... mas fiquei pouco tempo lá... Vim aqui matar saudades dos teus textos bons, das sacadas do Felipe... espero que esteja tudo bem... um grande ecobeijo procês...

Anônimo disse...

oi Laura,
acabamos nos desencontrando não?
esteja sempre por aqui - é muito bem vinda!
beijo grande
nins