30 abril 2008

série din-don

*
*
Fausto? Sr Governador da Califórnia? Poncherello? Fidel, és tu?
*
*

honesta penúria honesta

*
A declaração do IR é o supra-sumo da desonestidade. Não a sua desonestidade perante a sociedade - isso é simples, mera sonegação. Digo da falsidade do engana-me-a-mim-mesmo-que-gosto. Você não deixa um fulano-de-boa-vontade fazer por você porque não quer que ninguém saiba da sua bela, nobre e suada fortuna. Carrega egoistamente todos os números debaixo do sovaco para borrar o saldo negativo há mais de ano. O IR é a marca da vaidade exposta, com ou sem crédito.

Os vinte minutos que gastei para fazer o meu DIRPF e do Felipe me custaram horas e horas de flashback de 2007, 2006, 2005, 1989, 1976, etc.... Pois é, o Felipe tem CPF. Aí você pergunta “mas por que tirar o CPF tão pequeno?” E depois responde teatralmente “porque ele é dependente menor (suspira) e no processo do inventário (lacrimeja) os valores devem ser depositados em juízo (faz cara de quem manja) até completar a maioridade” e blá-blá-blá. Que inventário? Quem morreu? O meu marido faleceu faz um tempo assim ó, tipo mais ou menos, aliás foi bom vc comentar porque o CPF dele ainda está ativo, e eu tenho que ver se é isso mesmo, ou se eu tenho que correr atrás e vai cuidar da sua vida porque o IR já me fez lembrar de muita coisa tudo de novo. Inclusive que fazer declaração de IR, recolher o cocô do cachorro, comprar ração dos peixes, desafogar ralo, lavar o carro, trocar butijão de gás, virar o colchão de casal para diminuir os ácaros (só de casal, porque o de solteiro não é tão pesado), pegar as correpondências na caixa de correio, esquecer o meião suado dentro da mochila do futebol, comer (sem esquentar) o último pedaço de pizza que está 2 semanas na geladeira é tudo, tudo, tudo responsabilidade do homem da casa. E ponto final.
*
“(...)
Morte imediata a tudo, tudo mesmo, que não entendemos." **
Inclusive a declaração de imposto de renda. Penúria.

** ‘The Mob Song’,
Drops da Fal
*
*

o óbvio, somente o óbvio

*
Fal, seu texto 'bestial' é ótimo. Queria eu poder matar tudo o que não sei explicar. Se não sei explicar é porque não entendi - dãããrrrr. Queria eu matar isso e aquilo - e viver sem culpa por não entender. Viver sem culpa por ser rasa e besta. Sem culpa por ter perdido a chance de entender. E viver sem medo de não sentir culpa. A gente leva a vida inteira para entender o óbvio, somente o óbvio. Dãããrrrr de novo.
*
"pois eu queria era parar com essa mania idiota e pequena e abafadora que nós temos de matar tudo que não conhecemos, de não querermos conhecer nada novo, esse medo que nos amarra e impede de ir em frente, Nina. Tou de saco cheiésimo (e eu nem sei se escreve assim) dessa paranóia generalizada, de todo mundo escondiodo debaixo do cobertor, de todo mundo medindo a temperatura da piscina com a pontinha do pé em vez de se jogar. Em vez de acreditar que são as resposta s que tão lá fora, a gente insiste em viver crendo que o estranho mau, o homem do saco é que tálá fora. Deu no MEU saco."
resposta genial da Fal, no LV do Drops da Fal
*
*

28 abril 2008

para thati

*
Não sei porque eu gosto de chamar essa menina de Thati, não de Tatá. Sei lá, deve ser costume.
Como não consegui dar os parabéns pessoalmente, deixo registrado aqui meu carinho.
A Thati foi a primeira de uma sequência. Para ser a primeira neta, precisa de muita coragem. Enfrentar tantos olhos curiosos, não deve ser fácil. A Thati não escolheu, mas acabou sendo referência. Ela abre caminhos para os mais novos. Ela tenta, às vezes é difícil conseguir, mas ela tenta de novo, insiste e conquista. Lembro de uma época, quando a gente ainda chamava ela de criança, só queria usar saia, mesmo com um frio de lascar. Hoje, menina moça, já sabe o poder de uma saia e no meio da graciosa vergonha adolescente, usa rabo de cavalo com boné e chuteira. Tudo combinando porque é menina. A Thaty aprendeu a ser autêntica do jeito dela. E faz gol bonito - eu sei disso.
Já deu susto em muita gente, lembro do Binho agoniado por causa das mãos inchadas da Thaty. E falando em Binho, ele deve estar contente de saber que vai viajar sozinha com a escola. Preocupado, é natural, mas dizendo para todo mundo: 'essa é a minha Tatá'.
Eu dei uma saia de presente para a Thaty. Não é mais modelo infanto-juvenil - comprei em loja de adulto mesmo. É Thaty, você está crescendo. E enchendo a gente de orgulho. Parabéns!!!
*
sua tia nina
*
*

universo e tubarão

*
Quando o João se foi, pensei "e agora, como o Felipe vai crescer sem pai?" Depois de um ano, eu "quase-finalmente" percebi que o Felipe cresce de qualquer forma (e como cresce!), tendo pai atuante amanhã ou não. Ele sabe quem é o pai dele e isso vale para vida toda - a do Felipe, a minha e a do João. É claro que se eu pudesse optar por ter o João de volta, não pensaria duas vezes. Mas como sei que isso não dá (e se der eu não vou querer porque tenho medo de assombração), penso que hoje o Felipe tem a mim. Ele tem mãe, tem avôs e avós, tias e tios, primos, professores e amigos, amigos dos pais, pais de amigos. Ele tem lacunas e tubarões, todos nós temos - mas acima de tudo, no universo dele tem amor, âncora e vínculos. Isso faz ele crescer, o resto é físico, lógico e fisiológico.
***
universo
***
tubarão

*

*

descoberta

*
Sim, na felicidade também encontramos lacunas. Todos nós sabemos que existe um eterno vazio que nos circunda. O vazio de um conversa interrompida para receber convidados. Uma segunda cadeira vazia, em uma mesa não tão vazia. O vazio é temor denso e interno, igual para todos. Na mente humana, o temor chega sempre antes do fato feliz. Nela, o vazio é anseio - no sentido da palavra dos pensamentos solitários, intimanente desejados - não no sentido do espaço físico desocupado. Todos nós, à parte das vivências pessoais, conscientes ou não, criamos, cultivamos e incidimos infinitos pensamentos vazios. Fazemos leituras de olhares perdidos, sorrisos padrão, mãos entrelaçadas. Feito mostruários, outros são vistos por nossas mentes com compaixão, desprezo e autopiedade criados em ligeiros piscares-de-olhos.

Mente sábia, decodifique somente o que é possível à alma. Mente sã, instale-se no vácuo e interprete-me a ausência da ação, a falta do personagem, o monólogo incompleto.
Mente clara, permita-me o entendimento. O vazio é essência.
Sim, a felicidade está na compreensão. Feliz estou por permitir a descoberta.
*
*

25 abril 2008

divindades

*
"Fui tocada pela sua fala. Gostei de ouvir q qdo tocamos o nada tocamos o divino. O divino em nós, o divino q espera ao longo da vida, ao longo de vidas ser ouvido e reconhecido. Vc me fez relembrar. É como se identificasse uma sensação q tenho ao longo de minha vida q algo em mim é, sempre foi, vai ser, q a cada vida pede p ser. Esse algo, esse divino em nós, lembrei-me da Luz. E agradeço. Principalmente hoje, faço 56 anos e precisava de algo p me manter firme na estrada, sabendo q o nada a que me dirijo é o TUDO. Meu coração agradece, minha alma agradece. Obrigada por ser um dos meus mestres."

Lenita, em troca de e-mails.
*
*
Lenita,
Que coisa mais bonita isso que vc escreveu.
Parabéns por seus 56 anos. Parabéns para esta vida. E para a vida de tantos outros que vc sabe iluminar.
beijo grande,
nina
*
*

pedidos

*
pedido 1
Rafa, desde quando o seu blog tem que ser secreto? Faça urgente (!!!!!) uma sessão de desapego. Você diz :"welcome world" e nós responderemos: 'demorô!!'. Eu li tudo, tudo, tudo. É MUITO BOM! Queria tanto dizer para todo mundo que o dono desse blog secreto é MEU amigo.
Deixa eu colocar um link do seu blog aqui, vai?? Vou te dar 2 dias para pensar.

**
pedido 2
Cena 1: À caminho da escola - hora do almoço. Esquina da padaria na Ferreira x Vupabussu. Nina no volante esperando o farol abrir. Felipe no booster do banco traseiro. Sol de outono com janelas abertas. Dois homens fazem o pedido para um garçom.
- Traz o mesmo que ele - só que a carne no ponto. E uma porção de polenta.

Dentro do carro, Felipe coloca o óculos escuro do spyderman.
- Moço, ô moço!
Ele, o moço, olha para o carro.
- Oooi garotão! Tudo beleza? - sinaliza com as mãos.
- Moço! Eu também quero polenta.

Cena 2: Nina ri, olha pelo retrovisor a cara-de-pau-espontânea de Felipe. Farol abre e Nina cruza a avenida.
- ô mãe! Por que você andou? Eu queria uma polenta.
- Ai Fê.... você é muito engraçado.
- Mas por que você não esperou eu pegar a polenta? Eu ia te dar um pedaço.

**

pedido 3
Conversa depois da terapia:
- Mãe, porque ela não vai poder ir na minha festa?
- Vai ver ela tem outro compromisso.
- O pai dela não deixou?
- Não sei Fê. Pode ser...
- Mãe, quando a gente chegar em casa você liga para a casa dela? Eu quero falar com o pai dela. É que ela não pediu direito.

nota: "ela" é a psicóloga do Felipe.
*
*

primeiros passos

*
Recebi uma ligação de uma pessoa muito importante dizendo que não estava conseguindo postar comentários, ou melhor, não sabia como proceder para fazê-los. Eu, a modernérrima, também não consegui explicar um passo-a-passo.
Enquanto não domino esse troço de blog, não vou moderar comentários - talvez isso facilite.
Quem preferir, pode mandar pelo e-mail pessoal.

Tenham fé - um dia, a internet ainda vai comer na palma da minha mão..... ah, vai!!!
*
*

24 abril 2008

clipping

*

"Outro dia eu li na Folha que mulher é sempre dois. Homem pensa nele, homem existe por ele. Mulher pensa sempre nela e num outro junto, existe por ela e por um outro junto: o filho, o marido, os pais, os amigos, o cachorro, e se bobear ela pensa no outro primeiro e deixa de pensar nela, deixa de se cuidar para cuidar do outro.
Isso é da natureza feminina, cuidar, nutrir, doar, acolher, voltar-se para o outro. Mas, às vezes é uma fuga, pra não ter que pensar em si. E poder pensar em si é uma das qualidades mais poderosas do feminino
Agora, me diz se nos dias de hoje, dá pra gente ter esses momentos de reflexão, de aprofundamento, de recolhimento ? Nos dias de hoje o mundo funciona com uma dinâmica muito masculina, e a gente tem que se adaptar, respondendo às demandas disso, o tempo todo: tem que produzir, tem que ser eficiente, tem que ser rápido.....

E ao final de um dia, a gente sempre fica com a sensação de que não deu conta de tudo que tinha que dar, e sente mal consigo mesma. Tendo empregada ou não, tendo marido que ajuda ou não, tendo avós participativos ou não. No fim das contas, o buraco é mais embaixo. É um buraco que a gente não preenche, porque mulher é assim mesmo. Mulher sempre acha que tem que ser por dois."

e-mail de Mana-É, querida sister

*

clipping

*
Estou aprendendo (a muito custo) que levar tudo a ferro e a fogo é dar murro em ponta de faca.... é muito chavão, mas é isso.... De repente da noite para o dia, esse nosso rigor-orgulho vira um monstro desdentado, com bafo de sardinha marinada e com pentelhos na orelha. Ele pula babando na tua frente e crau! Ou você sai correndo, ou você se apaixona, ou você acaba se acostumando com ele. Seja qual for a sua escolha, não te sufocando, está valendo.
**
Que coisa besta. A tattoo Keep the Promise fica no meu ombro esquerdo. Dislexia.
Eu deveria ter tatuado o texto do contrário, tipo a-i-c-n-â-l-u-b-m-a. No espelho fica a-m-b-u-l-â-n-c-i-a.
**
Ou somos dois, ou somos metade. Por que é tão difícil sermos uma?
Há pouco chorei pacas porque eu quis descobrir quem seria essa "uma".
Hoje sou a viúva-mãe-Nina. Sem este rótulo, quem sou eu?
Sou a filha-desta-mãe-e-deste-pai-Nina. Tirando isso, quem sou eu?
Sou a irmã-Nina, a profissional-Nina, a amiga-Nina, a vizinha-Nina, a cunhada-Nina, a cliente-Nina, etc
E tirando cada camada-rótulo desse corpo, o que me sobra? Chorei porque não sabia a resposta, além da palavra nada.
Repeti esse pensamento e quando cheguei na palavra nada, continuei: 'é um nada não no sentido de vazio, mas sim de pureza, aquilo que não foi deformado, aquilo que a culpa ainda não alcançou'. E voltei a chorar sem saber o porquê. Quem sou eu por trás de todas as cortinas que me encobrem? Como eu sou e estou?
Quem consegue uma resposta, toca em algo divino. Estou tentando - sei que é para poucos.
Outros sempre nos apresentarão uma reposta. Meu professor de literatura me disse: "Você é a Nina-mãe-leitora-escritora-viúva-arquiteta-whatever. É doloroso descobrir que eu sou uma criação sua e você é uma criação minha, ou seja, somos criações de nós mesmo, logo só há um e não é “você” e não sou “eu”. Eu não sou nada, apenas escrevo contos, respondo email, faço cocô mole, e vivo".
Desde então, venho pedindo aos meus guias para me darem uma dica da minha real função na engrenagem desta vida - e que não seja em vão. No mais, tudo é fé, intuição e bom senso. Coisas de mulherzinha.

*

OFF FLIP

*

Prêmio OFF FLIP abre inscrições para contos e poesias

Estão abertas até 21 de maio as inscrições para o III Prêmio OFF FLIP de Literatura. Podem participar autores de qualquer nacionalidade residentes no Brasil e brasileiros que residem no exterior. Este ano as inscrições serão estendidas também a autores de países lusófonos.
Promovido pela OFF FLIP, o Prêmio oferecerá no total R$ 5 mil aos vencedores, além de estadia em Paraty entre os dias 2 e 6 de julho e ingressos para mesas de debate da FLIP. Há também outras formas de premiação, como cota de livros do selo Record, exemplares da Revista CULT, passeio pela baía de Paraty na escuna Banzay e um almoço de confraternização no Restaurante Ilha Rasa.
Os contos e poemas serão avaliados por duas comissões formadas por escritores de expressão no cenário literário brasileiro. Uma terceira comissão avaliará os textos inscritos na categoria local. A premiação será durante a OFF FLIP, que acontecerá entre 2 e 6 de julho paralelamente à Festa Literária Internacional de Parati.
No mesmo dia da premiação será lançada a coletânea com os poemas e contos vencedores nos dois anos anteriores, a ser publicada em parceria com a Quarto Setor Editorial. O regulamento pode ser lido no endereço www.offflip.paraty.com, onde em breve estará disponível a programação da OFF FLIP 2008.

*

22 abril 2008

Viver 2008

*
No início de 2007, enviei uma mensagem pedindo dias mais leves e luminosos. Ao longo de um ano, esses dias vieram um atrás do outro, com um certo espaçamento entre eles, mas sim vieram. Não foram abundantes. Foram suficientes. Não seguiram uma seqüência banal, gratuita, nem complexa ou indecifrável. Foram naturais. Ritmados em seu tempo – não o cronológico, mas o vivenciado. Dias para serem experimentados, sem grandes enigmas, códigos ou metáforas. Dias claros. Dias casuais, marcados no calendário por necessidade, ou mero acaso. Dias expressivos. Sim, esses dias existiram porque eu os permiti.
No ano que se passou, medos engasgados foram vomitados. E abriu-se espaço para novas fragilidades. Novos ou antigos, os temores autênticos aprendemos a combatê-los com espadas, verbos e silêncio.
Lições para o fim de nossas vidas, para outras e tantas outras vidas.
Definitivamente, 2007 não foi um ano de finalizações. Assuntos não foram esgotados. Não foi um ano sabático, muito menos de rotina de trabalho convencional. Foi um tempo de experimentação, teve um quê laboratorial. Nada de grandes desafios nem de marasmos perpétuos.
Talvez um ano de iniciações: enfim percebi o quanto sou “nada”. Sou ninguém. Ao compreender O Espelho de Guimarães Rosa – grande tudo – eu toquei no vazio, no puro, no ser-eu. Confesso que fiquei mais do que apavorada. E o que eu faço com essa descoberta?

Em 2007, a casa foi reformada. A parede áspera na sala não existe mais.
Enquadrei fotos, desenhos, postais, croquis, caricaturas.
Um amigo se foi em um acidente de carro – no dia do meu aniversário.
Os quatro anos foram festejados na fazendinha.
Montei um, dois, três aquários.
Minha mãe e eu tentamos traduzir Clarice Lispector para o japonês. Desistimos.
Anjos vieram para nos acompanhar. Alguns podemos ver, outros não.
Abracei minha irmã em seu casamento.
Segurei mais do que crianças em meus braços.
(do meu jeito) disse ao meu pai que o amava.
Senti superação ao ver meu filho cruzando uma linha de chegada.
Hamsa Hand será minha próxima tattoo. “Toki” será a próxima da próxima.
Imaginei adotar uma criança. Egocentrismo, altruísmo, modismo – é apenas uma idéia.
Ouvir minha mãe cantar lindamente deixou-me comovida.
Li mais do que escrevi. O pouco que escrevi, foi muito.
Sustentei para ser sustentada e vice-e-versa.
Em 2007, Oroborus esteve presente mais do que nunca.


Há poucos dias li uma obra de Elizabeth Kübler-Ross, uma médica psicanalista estudiosa da morte, do morrer, da não-morte e por aí vai. Dizia: (...) dei-me conta que não se pode confiar no futuro. A vida é sobre o presente.
Não vivemos do que se foi e não vivemos do que virá. O que nos sobra? Um delicado intervalo de vida entre passado e futuro, que pode ser um nada. Uma merreca. Uma ninharia. Mas pode ser eterno. Pode ser Viver. E isso sim, é Tudo.
A cada virada de ano, somos visionários. Apontamos dias esperançosos em um tal de “futuro”. Pouco a pouco esses dias vêm até nós – ou somos nós que vamos até eles. Depois, é claro, de viver hoje.
Em todos os aspectos, em todas as leituras, enquanto tiver significado, desejo que em 2008 sejamos presentes. Uns com outros, mas acima de tudo, presentes para nós mesmos.

Vejo dias claros.
Digo clareza, não claridade.
Luz em excesso pode cegar.
Vejo dias claros.

Viver 2008.

*
*

ombro

*tattoo ombro direito
Keep The Promise
*
*

Fal, Lih, Mani e Rui - Os primeiros....

*
Fal, Lih, Mani e Rui,
Que surpresa receber comentários!!! Thanks! Ainda não sei como responder para cada um de vcs.... Vocês me pegaram de calça curta!!! Eu ainda nem sei se vou levar adiante esse blog....


Feriado em SP = 83 vírus, spywares, dengue, trojans, bactérias, stafilococcus e afins no computador, HD travado, 512 boots, suco derramado no teclado e 'enter' que não funciona. Se eu fiz backup?? magini.....


Feriado em SP = filhote completando 5 anos dia 20 último, jantar com amigos porque metade da família está na praia com chuva.


Feriado em SP = vontade de colocar o sono em dia (a semana foi puxada....), assistir "Cidade dos Sonhos" do Lynch fica só na vontade, porque TV em casa só passa Ben 10 e Padrinhos Mágicos.


Feriado em SP = recusar convite para passear no novo Bourbon Pompéia-lotado-Shopping-sofrível-Center. Mantendo a sanidade.


Feriado em SP = 'vai filhote, vai passear com os tios.... não, não tem problema nenhum de voltar tarde com ele já dormindo, viu??'

Como vêem, ainda não está amadurecida a idéia de levar adiante este blog. Terei um propósito para tal?
*
*

Klimt

*
"I have the gift of neither the spoken nor the written word, especially if I have to say something about myself or my work. Whoever wants to know something about me - as an artist, the only notable thing - ought to look carefully at my pictures and try and see in them what I am and what I want to do." Gustav Klimt
*
*

19 abril 2008

Sobre plágios

*
E sobre os plágios, eu te apoio qualquer que seja a
sua decisão. Quem copia assim, é gente menor. Menor em tamanho, em importância - e principalmente, menor em vida. É gente sem graça. Sem a graça da criação, sem a graça da vontade. Gente sem cheiro. Passa desapercebido, porque ninguém nota, porque cheiro tem que ser autêntico. Cheiro é como digital, retina (ou pupila?), marca de nascença - não existe nenhum no mundo igual ao seu. Nome a gente esquece, cheiro não. Não adianta usar o perfume dos outros. Quem faz isso, não existe para ninguém. Quem faz isso, só perde, fica menor ainda e um dia, some. E ninguém percebeu que sumiu. Triste, não? *
*

como iniciar algo que já começou?

*

- Sou muito convencional - disse na última sessão.

- Não, não é não.

- E se eu quiser ser previsível, besta, tipo gente comum? É, tipo pessoinha moldada, condicionada, transbordando normalidade?

- Nana-nina-não.... mas se é isso que vc quer...

*****

Pois bem, é por isso que agora eu tenho blog.

*

*