12 junho 2008

copy-paste

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fal, quase 5 dias sem computador em casa e muito trabalho fora de casa... vou ser rápida.

1. não consegui ver o filme do dorian gray - ninguém mais tem betamax na face desta terra.... presentaço de grego que vou te dar, né??

2. lindo o que você escreve sobre pedrão... eu lembro dele - e eu lembro das mãos dele.... são iguais as suas.

3. repito: todas as primeiras datas são uma bosta, todas, todas, todas. não se iluda.

4. eu não afanava bala nas lojas americanas.... eu embolsava batons.... e tinha que ser da loja no shópin iguatemi.... será que tem lojas americanas no shópin-cidade-jardim-novo?

5. eu roubava também umas vaquinhas de cerâmica do rubayat - sem saber que o tal adorno era distribuído de graça...

6. por que vc também não pede para o fernando morais escrever uma biografia tua?? eu posso fornecer dados importantíssimos


sem tempo para digitar.... copy-paste dos meus recados no LV do Drops da Fal...

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10 junho 2008

fê-losofando

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Esse desenho é muito, muito bonito.
Eu não gosto dos desenhos bonitos. Eu gosto dos desenhos legais.
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O coração do humano é maior que as armas.
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Desapego: 'eu desejo que esse cocô saia do meu corpo agora!'
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Eu sou diferente das outras crianças. Meu umbigo é para dentro e das outras crianças é para fora. Aí, quando eu coloco a mão no meu umbigo, meu coração toca. Das outras crianças não toca.
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Mantra do dia: 'seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, seis horas, .....'

Eu juro, o Felipe foi entoando esse mantra da porta de casa até a porta da escola. Seis horas seria o horário que ele iria embora da escola para brincar na casa do amigo.... seis horas, seis horas, seis horas, seis horas...

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05 junho 2008

cortázar

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Um conto é significativo quando quebra seus próprios limites com essa explosão de energia espiritual que ilumina bruscamente algo que vai muito além da pequena e às vezes miserável história que conta.

Julio Cortázar

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fico assim sem você

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Fico Assim Sem Você
Adriana Partimpim / Cacá Moraes e Abdullah

Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola, Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes vão poder falar por mim

Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço, namoro sem abraço
Sou eu assim sem você

Tô louco pra te ver chegar
Tô louco pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço, retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta, Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada, queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim?
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo

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O Fê aprendeu com a tia Lili na escola e fica cantando quando estou cabisbaixa. Êta orgulho desse serzinho.
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03 junho 2008

frase da vida - ou de grande parte da vida

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***** eu queria ser ela *****
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frase da vida com brinde de consolação

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**** ela nunca vai ser como eu ****

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sarampo

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02 junho 2008

clipping

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As coisas inexplicáveis que se auto-explicam somente pelo tempo. Aquelas que se tornam desgastadas e enfim diluídas para convivermos com elas - as mesmas que não são compreendidas porque ainda enxergamos com os olhos de ontem.
Eu não vejo mais com olhos passados. Hoje eu uso óculos.

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Não sei porque, alguém do hospital ligou no meu celular pedindo que eu levasse as roupas dele antes de seguir para a funerária. Não ligaram para minha mãe nem para meus tios. Saí mais cedo do trabalho, passei na casa da minha mãe, peguei as roupas e fui para o hospital.
Um funcionário me levou até uma ante-sala do necrotério e perguntou: "Você quer eu te ajude?". Foi aí que eu percebi que o corpo do meu avô estava lá e respondi: "Acho que não precisa".
Vesti o meu avô, peça por peça. Coloquei a cueca, a camisa, abotoei cada botão, pus o terno e a calça. Antes de colocar as meias, cortei suas unhas. Ele gostava de andar de tênis. Fiz a barba, penteei os poucos cabelos que ele ainda tinha e o deixei sem gravata. Não se veste uma pessoa morta todos os dias, mas ele era o meu avô. Naquele momento, aquilo era normal.

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Belo, simples e generoso: você, o dia de ontem e o dia de amanhã. Nada mais para justificar a leveza do nosso agora.
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clipping

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(...) aquilo que quebrou te incomoda a ponto de te tirar o sono?
Se sim, insista no conserto. Mas se tem conseguido conviver com as coisas quebradas, não gaste sua energia em tentar colocá-las para funcionar de novo. Não terão o mesmo gosto.
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Para algumas pessoas o tempo não passa. Para mim, o tempo não deixa de passar. (...) Se o desencontro surgiu, procurarei outros encontros. Preciso me alimentar muito além do que imagino para poder amadurecer tranqüila e um dia desprender do galho que me nutre.
Quando estiver pronta, alguem irá colher a fruta, seja um pássaro, seja as mãos de uma criança que se aventurou na árvore. Quem sabe, de tanta seiva sugada eu me soltarei sozinha, julgando-me madura demais. E caída no chão, a terra irá absorver minha polpa.
Na colheita ou na queda, busco anseios dia-após-dia, no formato de pessoas, escritas, skylines, livros, desenhos, fotografias, cruzamento de avenidas, sapatos, solas de sapatos, terapias, encontros e desencontros. Tudo aquilo que um dia satisfez minha fome, será metabolizado por meu corpo-mente-mãos e digerido em forma de palavras que se manterão escritas. Serão alimentos de outros.

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A seqüência de sonhos com o João (ou com um João-ninguém) - 3 noites seguidas, num mesmo contexto - foi fechada com Stonehenge. Tupiniquim, mas era Stonehenge - porque lá só podia falar inglês.

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Eu queria ser cor-de-rosa por mais tempo. Queria ser mais cruel, mais burra, mais culta, mais vai-se-foder, pegar mais no colo, mais dondoca, mais doidona, mais spertoman, mais rápida, incomodar menos, atrapalhar mais, cutucar menos e ter mais garra. Só isso.

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'Ignorância sempre é a pior moléstia psiquiátrica.'
James César M.A. Souto
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