14 julho 2008

Rio de janeiro, 1960

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Poética (II)
Vinicius de Moraes
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Com as lágrimas do tempo
E a cal do meu dia
Eu fiz cimento
Da minha poesia.
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E na perspectiva
Da vida futura
Ergui em carne viva
Sua arquitetura.
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Não sei bem se é casa
Se é torre ou se é templo:
(Um templo sem Deus.)
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Mas é grande e clara
Pertence ao seu tempo
- Entrai, irmãos meus!
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foto: atelier de cerâmica Suenaga & Jardineiro / Cunha, julho 2008

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2 comentários:

Mina disse...

Cunha é uma cidade linda! Que paisagem, essa natureza abençoada cercada de montanhas, céu azul, terra que não acaba mais.
E veio juntinho, alí pertinho, a maravilhosa Parati ( ou Paraty),inspiração de escritores, pintores e outros artistas, que saudades...

Anônimo disse...

eu gostei e postarei a sua msg Mina... aguarde
bj
nina