02 junho 2008

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(...) aquilo que quebrou te incomoda a ponto de te tirar o sono?
Se sim, insista no conserto. Mas se tem conseguido conviver com as coisas quebradas, não gaste sua energia em tentar colocá-las para funcionar de novo. Não terão o mesmo gosto.
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Para algumas pessoas o tempo não passa. Para mim, o tempo não deixa de passar. (...) Se o desencontro surgiu, procurarei outros encontros. Preciso me alimentar muito além do que imagino para poder amadurecer tranqüila e um dia desprender do galho que me nutre.
Quando estiver pronta, alguem irá colher a fruta, seja um pássaro, seja as mãos de uma criança que se aventurou na árvore. Quem sabe, de tanta seiva sugada eu me soltarei sozinha, julgando-me madura demais. E caída no chão, a terra irá absorver minha polpa.
Na colheita ou na queda, busco anseios dia-após-dia, no formato de pessoas, escritas, skylines, livros, desenhos, fotografias, cruzamento de avenidas, sapatos, solas de sapatos, terapias, encontros e desencontros. Tudo aquilo que um dia satisfez minha fome, será metabolizado por meu corpo-mente-mãos e digerido em forma de palavras que se manterão escritas. Serão alimentos de outros.

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A seqüência de sonhos com o João (ou com um João-ninguém) - 3 noites seguidas, num mesmo contexto - foi fechada com Stonehenge. Tupiniquim, mas era Stonehenge - porque lá só podia falar inglês.

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Eu queria ser cor-de-rosa por mais tempo. Queria ser mais cruel, mais burra, mais culta, mais vai-se-foder, pegar mais no colo, mais dondoca, mais doidona, mais spertoman, mais rápida, incomodar menos, atrapalhar mais, cutucar menos e ter mais garra. Só isso.

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'Ignorância sempre é a pior moléstia psiquiátrica.'
James César M.A. Souto
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