* *
Resolvi ir ao supermercado andando. Meu lado madame cruela chicoteando as costas. Anda escrava, justo hoje que é o rodízio do carro, a nêga compra 5 quilos de arroz e volta carregando na cabeça. Sofre mula. Eu não pago penitência fazendo flexões. Eu pago minha burrice carregando sacolas de supermercado. E com garoa no rosto.
*
O farol, graças a Deus, estava vermelho para os pedestres. Daria para colocar as sacolas no chão e descansar os braços. Olhei para a lâmina d’água cinza chumbo na guia e preferi agüentar o peso por só mais alguns (intermináveis) quarteirões. Ô catzo de farol que não muda nunca.
*
Enquanto atravessava a avenida pensei seriamente em comprar uma bicicleta. Muito mais prático. Penduraria as sacolas no guidão, igual lá no nordeste, e sairia pedalando na boa. Simples assim. Tão simples quanto o japa que foi no churrasco do Caco de bicicleta. Lá na Av. do Sol, uns 75 km desse chão aqui. A mulher e os dois filhos foram na garupa. Impressionante.
*
Tenho inveja desse povo esportista. O japa da bike causou frenesi quando entrou na piscina. Delícia de festa quando tem piscina, não? O sol ajudou. Era a festa de 4 anos do Caco, com rango da hora e muito, muito japa.
*
No meio do churras, um mini japa chorava porque tinha se perdido do pai. Como é o nome do seu pai? O menino olhava para mim e voltava a soluçar. Ele se recusou a me ajudar. Daí, eu pensei no óbvio: todos os homens japoneses se chamam Eduardo, Jorge ou Paulo. Eu teria 30% de chance de acertar em cada tentativa. Os outros 10% de japoneses se dividem em Mário ou Edson. Isso é regra. Não existe japa chamado Acácio, Silvio, Bruno ou Frederico.
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Pronto. Cheguei no portão branco da minha casa. Com caraminholas na mente, o caminho encurta e as sacolas molhadas ficam mais leves.
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imagem: japanese road sign, wikipedia
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Resolvi ir ao supermercado andando. Meu lado madame cruela chicoteando as costas. Anda escrava, justo hoje que é o rodízio do carro, a nêga compra 5 quilos de arroz e volta carregando na cabeça. Sofre mula. Eu não pago penitência fazendo flexões. Eu pago minha burrice carregando sacolas de supermercado. E com garoa no rosto.
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O farol, graças a Deus, estava vermelho para os pedestres. Daria para colocar as sacolas no chão e descansar os braços. Olhei para a lâmina d’água cinza chumbo na guia e preferi agüentar o peso por só mais alguns (intermináveis) quarteirões. Ô catzo de farol que não muda nunca.
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Enquanto atravessava a avenida pensei seriamente em comprar uma bicicleta. Muito mais prático. Penduraria as sacolas no guidão, igual lá no nordeste, e sairia pedalando na boa. Simples assim. Tão simples quanto o japa que foi no churrasco do Caco de bicicleta. Lá na Av. do Sol, uns 75 km desse chão aqui. A mulher e os dois filhos foram na garupa. Impressionante.
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Tenho inveja desse povo esportista. O japa da bike causou frenesi quando entrou na piscina. Delícia de festa quando tem piscina, não? O sol ajudou. Era a festa de 4 anos do Caco, com rango da hora e muito, muito japa.
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No meio do churras, um mini japa chorava porque tinha se perdido do pai. Como é o nome do seu pai? O menino olhava para mim e voltava a soluçar. Ele se recusou a me ajudar. Daí, eu pensei no óbvio: todos os homens japoneses se chamam Eduardo, Jorge ou Paulo. Eu teria 30% de chance de acertar em cada tentativa. Os outros 10% de japoneses se dividem em Mário ou Edson. Isso é regra. Não existe japa chamado Acácio, Silvio, Bruno ou Frederico.
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Pronto. Cheguei no portão branco da minha casa. Com caraminholas na mente, o caminho encurta e as sacolas molhadas ficam mais leves.
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imagem: japanese road sign, wikipedia
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4 comentários:
além de artista, agora vc deu de ser escritora?
Tem razão nos nomes...rsrs... conheço um japonês com cada um desses nomes que vc falou... meu obstetra chama-se Milton, será exceção?
Nossa, Mario é um clássico.. hahah...so vc mesmo...
As sacolas das compras eram as ecologicamente corretas? Se forem, molhadas devem pesar mais que as compras... affff
bjocas
escritora?? como assim Érica?? esse post é 100% filosofia!!!
esqueci do Milton!! e do Marcelo!!!também entram na estatística!!
pois é, as eco-sacolas ficaram no porta malas do carro... eu aindo preciso aprender muita coisa...!
bj
nina
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